Frei Betto afirmou:
“Jesus (Cristo) não veio nos trazer uma religião, o cristianismo, nem uma igreja, a igreja cristã. Ele veio nos trazer um novo projeto político, que ele denominava “reino de Deus’.”
No entanto, se você busca conhecer a Jesus estudando suas palavras e ações percebe claramente que Frei Betto está equivocado.
Vejamos as palavras que Jesus nos deixou:
Diante de Pilatos:
“O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado, para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é deste mundo.” João, 18 – 36
Logo após o milagre da multiplicação dos pães:
“Jesus, percebendo que queriam arrebata-lo e fazê-lo rei, tornou a retirar-se sozinho para o monte.”
João 6, 15
Nota: Os judeus só acreditavam em um Messias político, o qual sacudiria o jugo dos romanos e restituiria a realeza judaica em seu primitivo esplendor.
Compreender o pensamento de Jesus exige um conhecimento amplo de suas palavras e o contexto em que elas foram ditas.
Em última instância, as bem-aventuranças são claras:
“Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!” Mateus 5, 5
Porém, o reino não é um projeto político, mas sim de ascensão da alma. Da elevação de nossa alma através da pureza de intenção, da humildade, da negação do egoísmo.
“Venha a nós o vosso reino”.
O que podemos entender?
Que o reino dos céus primeiro deve estabelecer-se no coração e na mente de cada um.
E cada um que passa a viver nessa dimensão, porque “o Reino dos Céus está dentro de vós “, é uma pedra
A política está longe de entender o Cristo. Políticos são na grande maioria das vezes “lobos vestidos de cordeiros” que buscam poder pessoal.
Querer fazer da doutrina de Jesus um projeto político é alterar o sentido das palavras e das ações do Mestre dos mestres, que nos ensina a buscar os valores da alma:
“de que adianta um homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder sua alma (vida)?” Marcos 8, 36 – 37
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