O Encantamento é o verdadeiro estado daquele que tem olhos de ver a beleza e a harmonia que pulsa na Natureza que nos envolve e mantém.
Neste poema, Paulo Urban nos presenteia com a realidade mais íntima de todas as coisas, e que vive “escondida” dentro de cada um de nós:
A VOZ DO ENCANTAMENTO
Eu sou aquele
que sublime ressoa na quietude do ser,
que faz brilhar os olhos d’alma,
que repercute a harmonia das estrelas.
Eu sou aquele
que vibra em sintonia
com a sublime música das esferas,
Eu sou aquele
que está pleno de toda orquestração
regida pela baqueta
do Maestro onisciente.
Eu não estou apenas nas coisas,
nem habito tão-somente o teu coração,
mas trago comigo a magia de integrar
teu coração a todas as coisas,
unindo teu ser à Grande Consciência,
real e transcendente.
Porque a alma,
sempre que se descobre encantada,
entrega-se à sua natural Missão;
porque a alma,
quando encantada,
integra-se a si mesma
e se orienta espontaneamente
para a Luz Maior,
cuja essência é divina e curativa.
Eu sou o canto que vem de teu interior,
eu sou o canto profundo da tua alma;
deixa-me entrar em tua vida
e eu a transformarei no mais vivo Santuário.
Paulo Urban, equinócio de outono, MMVII