Minha visão pessoal – Stela Vecchi
Desde pequena eu me preocupava com o sentido da vida.
Profunda observadora e leitora voraz, passava o tempo pensando no mundo que eu habitava.Me incomodava pessoas maltrapilhas, sujas, crianças abandonadas,pessoas que maltratavam outras.
Me lembro menina ainda, com 10 anos de idade, quando estudava no Colégio Regina Mundi, levando da Biblioteca Livros com Histórias de Santos em quadrinhos. E eu pensava nas coisas maravilhosas que eles realizavam, no bem que faziam, e identificava isso com felicidade.
Mais tarde continuei lendo biografias de uma forma mais generalizada: os grandes cientistas, os grandes matemáticos, as mulheres que se destacaram na história, os grandes líderes da humanidade, Jesus Cristo, Buda, Ghandi, João da Cruz, Teresa d’Ávila, Francisco de Assis, Clara de Assis; os grandes artistas, Leonardo Da Vinci, Michelângelo.
Toda a experiência e toda a dor gerada por incompreensões e inseguranças eram vividas e questionadas. Parecia tão difícil encontrar esse sentido da vida.
Viktor Frankl tem um papel muito importante na junção de tantos ângulos de visão.
Huberto Hoden também foi fundamental para essa compreensão com sua filosofia cristã “Univérsica”.
Mas Einstein, com sua Teoria da Relatividade, mostrou-me claramente o caminho individual , que cada ser humano é um Universo…
“Universo : unidade na diversidade.”
Por que não compreender que cada ser se manifesta de uma forma , que a riqueza está na diversidade e que todos formamos um tecido mágico e palpitante que se chama vida?
Como as plantas: embora pertençam ao reino vegetal são tão diferentes na forma das folhas, das flores guardando uma semelhança por serem vegetais.
Complexidade e simplicidade permeiam tudo nesse Universo magnífico, generoso e simples.
E então as coisas começaram a fazer o sentido que eu sempre buscara…
A alegria é o céu que anima cada dia de nossa existência, nessa confiança irrestrita no processo escolhido pelo nosso Criador para que tivéssemos cada vez mais a percepção de que fazemos parte, somos parte dessa vida que pulula em todo canto.
Mas temos que fazer jus a tão grandes dons recebidos: um corpo, instrumento perfeito para nossas descobertas equipado com capacidade de pensamento, de sentimento, capaz de emoções, de deduções, fazendo distinções e escolhendo os caminhos que deseja percorrer ou não.
Somos co-criadores dessa realidade, pelo menos em nosso mundo pessoal, que se reflete no Macro.
Portanto, só na conquista da Liberdade interior, que nos faz capazes de agir em cada momento buscando o melhor para mim e para o outro é que podemos dizer que estamos vivos em plenitude.
“Amar ao próximo como a si mesmo pressupõe equilíbrio.”
Só terei algo de bom para dar se o possuir em mim.
É a Verdade, a realidade em sua essência que nos liberta de nossos medos, inseguranças, distorções, e que me coloca como responsável pela minha própria vida.
Devo ser senhor de mim mesmo através da qualidade de pensamentos que eu permito que estejam em mim.A ação acompanha o pensamento.
Devo criar em mim uma realidade aprazível para que ela possa se manifestar plenamente.Quando “tiro as ervas daninhas internas”permito que meu jardim interno, que está sempre comigo – já que é a própria vida que me anima – se manifeste.
E então vou me surpreender com a beleza que brota de dentro de mim, me proporcionando a compreensão que sempre quis.
Universo em harmonia. Vida em Harmonia.
Sonho? Utopia?
A vida transcorrendo sem atritos entre nós, de forma próspera em todos os sentidos.
Como nos demonstra o Universo que habitamos com suas matas, cachoeiras, mares, seres de todas espécies e a beleza exuberante que acompanha tudo isso. Harmonia Universal.
O ser humano ainda destoa dessa realidade. É mais do que hora de integrarmos nossa vida pessoal nessa vida que acontece nos mundos mineral, vegetal, e animal.
Só que com o discernimento, qualidade própria do ser humano que usa suas capacidades e pode co-criar realidades mais perfeitas, sem a agressividade que acompanha o mundo animal.
Os desafios devem ser enfrentados com sabedoria e coragem, sem ignorar o valor de cada experiência acumulada.
Desenvolver nossa capacidade de escolhas a cada momento, para que nossas escolhas sejam um reflexo do bem que queremos a nós mesmos e ao outro.
Todo ser vivo emite uma vibração, tem um campo de energia , uma aura.
Só a pessoa profundamente reconciliada consigo mesmo e com o Cosmos é capaz de emitir uma vibração realmente benéfica. É capaz de amar no sentido real da palavra.
O campo à nossa volta quando benéfico é estável, forte, sereno e vivo.
O ser humano não reconciliado consigo mesmo não é confiável. É capaz de atos, palavras ou pensamentos agressivos, ainda que velados. A malignidade é a mesma, em potencialidade.
O ser humano em equilíbrio desenvolve a capacidade de fazer as melhores escolhas para si e conseqüentemente para o outro.
O interior se revela no exterior, e há vários graus de amadurecimento espiritual. Disso depende a minha capacidade de compreensão da realidade e minha adaptação a ela.
A profundidade do Feng Shui, sua preocupação com o micro e o macrocosmo, os meios de conhecimento, sua complexidade e simplicidade ao mesmo tempo me mostraram que a união de tudo e todos é possível, desde que se respeitem as freqüências e o nível vibratório de cada manifestação de vida, inclusive a nossa.
E que quando não estamos contentes com determinadas condições podemos mudá-las através da identificação da situação que precisamos alterar e os meios que utilizaremos, com o mínimo de danos possíveis para todos os envolvidos.
Em última análise, precisamos identificar nosso momento e o que está aberto para ele ou não.
Tudo que for diferente desse procedimento é passível de gerar conseqüências que podem nos atingir, nunca esquecendo que o ser humano adulto é responsável pelas escolhas que faz. Porém, boas escolhas se refletem no macro, assim como escolhas ruins também.
Algo bom pode ficar cada vez melhor, algo que vibra de forma deprimente também pode ficar cada vez pior, porque tudo tende a aperfeiçoar-se em sua vibração, tanto para o bem como para o mal. Só uma força extra altera o caminho natural das coisas.
Encontrei no Feng Shui os meios para realizar isso de forma prática .
Com o estudo da natureza e as leis que a regem e como reajo a elas posso estar penetrando no mundo real com muito mais facilidade.
As técnicas do Feng Shui Lógico, acrescentadas com a compreensão do
Universo que a Teoria da Relatividade de Einstein nos trouxe, com a linguagem simbólica que a acompanha e que Jung penetrou tão profundamente pode auxiliar muito na obtenção da harmonia e equilíbrio internos.
O que depende do Feng Shui:
– Criar as condições externas para que esse equilíbrio faça parte de você.
O que depende de você:
– Boa vontade, visão ampla e profunda da realidade e paciência para aguardar os resultados, que virão com certeza.